quarta-feira, 30 de novembro de 2011
depois... há os outros dias
há dias em que se calam as coisas...
omitimo-las de nós próprios...
escondemo-las...
esquecemo-nos que existem...
ou então,
fingimos esquecer que existem...
certos dias são mais fáceis...
são dias que passam... que apenas passam...
são dias em que somos
quase, quase felizes!
apenas porque conseguimos viver com o que temos...
depois...
depois, há os outros dias...
(um excerto de qualquer-coisa-que-vai-nascendo-por-aí....)
noutros dias, saberia...
Noutros dias
noutros dias… saberia o que te dizer.
Saberia, como sempre soube, falar-te de mim
ou dos sonhos que preenchem espaços
... ou de simples devaneios que esvoaçam por aí
ou de meras ideias sobre o mundo
ou, ainda, das gentes que o povoam.
Noutros dias,
saberia dizer-te de tudo um pouco
saberia afirmar-te nada de muito…
trautear sobre as músicas que me alegram
projectar as imagens que capto com a objectiva do meu olhar
palrar sobre as filosofias – ‘baratas’ ou acertadas - que por aí grassam.
Saberia brincar sobre as coisas e as pessoas
trocar contigo pormenores da vida
e teria sempre tantas palavras
todas as palavras.
Noutros
dias…
saberia…
Nestes dias…
agora…
agora, já não sei…
Já não sei se te posso dizer
tudo aquilo que te queria dizer,
que te quero dizer!
E que te digo… em tom de solilóquio,
em jeito de toada ou trinado
que canto para mim própria
acalmando o meu ímpeto em desejar afirmar-te tanta coisa ao ouvido…
e, ao ouvido, queria dizer-te…
queria dizer-te baixinho, tão baixinho , quase um sussurro…
apenas num sopro que só tu poderias e conseguirias ouvir…
Queria dizer-te que não sabia!
Que não sabia que iria sentir assim…
assim… tão simples mas tão cheio.
Que não sabia que iria albergar uma saudade assim…
assim… tão grande e tão intensa que…
que, o silêncio dói… assim, cá dentro, tão fundo.
Que não sabia que iria pensar assim…
assim… em nada mais, nestes dias, que não apenas e só em ti.
Que não sabia que o teu abraço seria assim…
assim… tão fundamental , tão vital, que me alvoroça recordá-lo
Que não sabia que iria ser assim…
assim… o sentido da ausência do teu aconchego…
assim… agora que senti o teu peito no meu rosto, como se fora
esse, desde sempre,
o sítio natural para o pousar.
Queria dizer-te que não sabia que o teu toque seria assim…
assim… mais do que mera perturbação e que
o teu acalento seria assim… assim, mais do que simples ardor.
Queria dizer-te que não sabia que o estar perto de ti, seria
querer-te
junto de mim, dentro de mim, dentro de ti, dentro de nós.
Não sabia…
Agora sei!
(um excerto de qualquer-coisa-que-vai-nascendo-por-aí....)
domingo, 13 de novembro de 2011
Pergunto-me...
Quem lhe retirou a cor, o brilho, a compreensão?
Ao Sábado, que era o centro de gravitação da minha semana e...
para onde,
inevitavelmente, todos os dias confluíam formando sentidos para a vida?
sábado, 5 de novembro de 2011
terça-feira, 1 de novembro de 2011
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Autoria e Agradecimento
Todos os textos e imagens são de autoria de Ana Souto de Matos.
Todos os direitos estão reservados.
São excepção as fotografias do Feto Real e do Cardo que foram cedidas pelo João Viola e 2 imagens captadas na Net sem identificação de autor.
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