quinta-feira, 31 de dezembro de 2009

'outro' Ponto Final (.)

OBRIGADA por terem estado aí -desse lado!- para mim...

Termina o ciclo das quatro estações da natureza de Maria da Serra Verde.
Com o novo ano, novos desafios…
estímulos que me chegam para além das janelas…
e que envolvem uma disponibilidade a novos projectos criativos.
Haverá terra fofa e fértil onde eu possa lançar sementes.
Sei que algumas destas germinarão e transformar-se-ão em belas flores ou
belas e resistentes árvores ou
tão somente em belas ervas de beira de caminho que ,na sua simplicidade, compõe e pincelam as paisagens.
Obrigada por terem estado aí -desse lado!- para mim.
ana
O blog Faz-de-conta-que-abro-as-janelas [surgiu em 2007, da minha necessidade em assumir o
sentimento de pertença por um local, base de uma identidade redescoberta por força das circunstâncias da vida.

Um projecto criativo que nasceu, cresceu e evoluiu como pele de mim, colada a uma ideia de aceitar a natureza, esta natureza!, como a minha própria natureza.
Hoje, dia 31 de Dezembro de 2009, este espaço encerra o seu ciclo de vida… novos desafios se deparam no meu futuro.

Maria da Serra Verde, a expressão mais poética de mim, avançará noutras formas de ver o mundo…
Já não tem valor apenas ‘fazer-de-conta’… porém, não posso diminuir ou esquecer todo o passado recente e todo o valor desse percurso de ‘fazer-de-conta’ o qual partilho com todos aqueles que participaram neste meu percurso delineado ao ritmo do próprio ciclo da natureza.

Foram aproximadamente três centenas de comentários que recebi, às quase 200 mensagens de texto e mais 700 imagens que publiquei. Uma partilha que considero extremamente íntima e gratificante, independentemente do espaço público, em que ocorreu.
Um abraço a cada um e a todos vós.
Obrigada por tudo.
Um bom e feliz ano de 2010
Ana Souto de Matos
Lousã, 31 de Dezembro de 2009 Adicionar vídeo

chove tanto... mas só lá fora!

quinta-feira, 10 de dezembro de 2009

de novo tempo de Natal...

saudades da minha cidade...


De Coimbra fica o rio e uma saudade
Cavaleiros andantes e Dulcineias
De Coimbra fica a breve eternidade
Do Mondego a correr em nossas veias

De Coimbra fica o sonho e fica a graça
Antero de revolta e capa à solta
De Coimbra fica o tempo que não passa
Neste passar de tempo que não volta
[de Manuel Alegre]

sementes em vão...

na tentativa de fixar raízes
tantas sementes em vão
foram lançadas em chão seco e infértil

a saudade do tempo da sementeira
permanece porém!

linha de vida (19)...

linha de vida (18)...

Foste à horta e não viste as couves (2)...

a vê-los passar!

a passagem secreta (3)...

linha de vida (17)...

quinta-feira, 15 de outubro de 2009

solidão absoluta é isto!

Para mim é uma perplexidade que simplesmente não compreendo.
Como é possível, alguém morrer num apartamento e o seu corpo apenas ser encontrado dois anos após?
Tinha família, dizem.
Os vizinhos não notaram nada, afirmam.


Um homem morreu na completa solidão. Tal, ainda se entende. Pode acontecer a qualquer um não ter com quem compartilhar o seu último acto.
Porém, que ninguém se tenha apercebido que este homem já não existia e que já não fazia parte das suas vidas, é que eu não compreendo. Nem a mulher ou os filhos, nem um amigo, um conhecido que fosse, nem o homem da padaria ou da tabacaria ou porventura o vizinho do rés-do-chão posterior. Ninguém sentiu a falta deste homem.

Como é possível? Que alguém tenha morrido num apartamento de um prédio de 03 ou 04 andares e ninguém, absolutamente ninguém, tenha notado a sua ausência, o seu silêncio.
Um esquecimento tão total, uma indiferença tão absoluta que causa mágoa.
Desculpem, mas esta custa-me mesmo “a engolir”.
E acreditem ou não, chorei por esse homem desconhecido e pela sua solidão atroz.

Vivemos num mundo que qualquer história que imaginação fértil invente, não supera a realidade nua e crua dos quotidianos.

quarta-feira, 30 de setembro de 2009

lua cheia...


De qualquer lugar do mundo se vislumbra a lua...
É contemplando-a que alcançamos os olhos dos outros...

Autoria e Agradecimento

Todos os textos e imagens são de autoria de Ana Souto de Matos.

Todos os direitos estão reservados.

São excepção as fotografias do Feto Real e do Cardo que foram cedidas pelo João Viola e 2 imagens captadas na Net sem identificação de autor.