quinta-feira, 17 de julho de 2008

o toque da borboleta...


Será a vida tão efémera como o suave toque da borboleta na flor?

Será que vale a pena a vida breve da borboleta perante uma natureza que cumpre rigorosamente os seus próprios ciclos de vida?

Como aceitar, como compreender que esta termina -assim!- antes do tempo certo?

Sem mais um sopro de ar…
sem mais um segundo sequer…

quando não estamos ainda preparados…
…e não demos o último beijo,
…ou o abraço mais apertado,
…nem dissemos as palavras mais bonitas
…ou partilhámos o olhar mais intenso…
-e quando é o tempo certo?-


A vida esvaí-se e ficam –sempre!- por ver e sentir e partilhar tantas, tantas coisas…
e as saudades do que não vivemos!

Como aceitar?
Como compreender o toque breve da vida dos outros na nossa vida?
…quando o amor permanece e
a saudade enche tudo?

Será a vida tão efémera como o suave toque de uma borboleta na flor?
Para ti Carlos, que choras o teu pai...
Para ti Sónia, que recordas, um ano depois, a tua mãe...
E para mim própria...
Recordando-nos que as pessoas que amamos permanecem vivas nos nossos corações.




Autoria e Agradecimento

Todos os textos e imagens são de autoria de Ana Souto de Matos.

Todos os direitos estão reservados.

São excepção as fotografias do Feto Real e do Cardo que foram cedidas pelo João Viola e 2 imagens captadas na Net sem identificação de autor.