Será a vida tão efémera como o suave toque da borboleta na flor?
Será que vale a pena a vida breve da borboleta perante uma natureza que cumpre rigorosamente os seus próprios ciclos de vida?
Como aceitar, como compreender que esta termina -assim!- antes do tempo certo?
Sem mais um sopro de ar…
sem mais um segundo sequer…
quando não estamos ainda preparados…
…e não demos o último beijo,
…ou o abraço mais apertado,
…nem dissemos as palavras mais bonitas
…ou partilhámos o olhar mais intenso…
-e quando é o tempo certo?-
…e não demos o último beijo,
…ou o abraço mais apertado,
…nem dissemos as palavras mais bonitas
…ou partilhámos o olhar mais intenso…
-e quando é o tempo certo?-
A vida esvaí-se e ficam –sempre!- por ver e sentir e partilhar tantas, tantas coisas…
e as saudades do que não vivemos!
Como aceitar?
Como compreender o toque breve da vida dos outros na nossa vida?
…quando o amor permanece e
a saudade enche tudo?
Será a vida tão efémera como o suave toque de uma borboleta na flor?
Para ti Sónia, que recordas, um ano depois, a tua mãe...
E para mim própria...
Recordando-nos que as pessoas que amamos permanecem vivas nos nossos corações.
é o Efeito Borboleta que nos faz soltar as lágrimas que guardamos para os momentos especiais: a lágrima da saudade e a lágrima do riso...
ResponderEliminarEu também quero partilhar convosco esse momento, um atrás do outro.
Ana Souto, sempre atenta, mulher sábia... Que sorte têm o Carlos e a Sónia em ter-te como amiga.
ResponderEliminarAna Rosa
Tu és mesmo linda e especial.... sinto-me uma sortuda por ter entrado na tua vida.....beijo grande...Brigite
ResponderEliminarAna, Que bonitas palavras as tuas... Beijo
ResponderEliminarPaula
A minha ferida ainda sangra. Por quanto tempo? Um dia depois da partida, começo agora a sentir a falta do meu pai. A efemeridade tem na borboleta a imagem perfeita. Ela poderia escolher qualquer flor, mas escolhe apenas algumas. Sinto-me o mais afortunado do mundo por ela por ter pousado em mim.
ResponderEliminarObrigado, Ana Souto, pelas tuas palavras tão certeiras.
Os anos correm e a vida passa. O que devemos dela gravar é tudo o que se aproxima dessa metamorfose última e tão efémera da borboleta - a sua beleza final. Curta, mas intensa. Assim são também os bons momentos de partilha com aqueles que amamos, independentemente de já terem partido.Os bons momentos perduram... não sofrem metamorfoses, muito menos quando nos tocaram...
ResponderEliminarParabéns Ana, por toda a beleza que existe dentro de ti.
Isabel
sempre lindas... sempre comoventes... sempre simplesmente simples... um beijo grande de quem se sente uma borboleta...
ResponderEliminarMaria da Serra Verde,
ResponderEliminarborboleta em fuga vã,
não persigas a montante
um ontem sem amanhã!
Ruma ao futuro jusante
da vida que se desenha
em cada gota de cor
que nasce na alvorada
transmutada dessa dor,
em cada pequeno nada,
em cada ilusão de céu
que a lua fugaz apanha
por entre nuvens e breu,
e te poisa no olhar
quando sonhas acordada.
O amor não morre nunca,
vive conosco em segredo
e não se compara a nada!
É hora de cavalgar
a onda do teu destino:
vive o futuro sem medo,
que tudo o resto é divino!
Nada muda o que passou,
nem aquilo que te fez…
encontra a paz de viver
com o que a vida ensinou
e recomeça outra vez!
Não custa nada, vais ver,
e do lento sofrimento
serás a metamorfose
duma nova borboleta
em demanda de quimera
onde as asas te adormeçam.
É assim a primavera,
Maria da Serra Verde,
é a vida que renasce
sedenta de novo alento
esfomeada de osmose
em busca de nova meta!
E lá, ao raiar da aurora
verás a desabrochar
um jardim de mil flores
que espera por ti agora!
Mergulha nele, borboleta,
mistura-te ao firmamento
de mil sois a festejar
o berço do nascimento,
da Maria chão de Serra,
porque és verde, como a terra,
e flor de encantamento!
Toda a pujança das palavras que a Maria da Serra Verde necessita de ouvir e merece ouvir. Oxalá faça delas um estandarte na sua história de vida.
ResponderEliminarIsabel
O meu melhor comentário traduziu-se na partilha que fiz no meu mural do FB!
ResponderEliminarObrigado, Ana Souto!