Hoje, deitei-me ao contrário na cama…
Olhei o tecto ao contrário do habitual…
As cortinas ao contrário, também…
A janela numa outra posição…
As almofadas lá em baixo, com os pés em cima!
e…
foi como se num ápice neste revirar do sentido das coisas
o meu mundo, ele próprio no seu todo,
se virasse do avesso!
De repente, rodando o ângulo do meu olhar…
todos os sentidos sobre as coisas rodaram também…
enfim, como se nesse gesto simples eu fosse capaz de rodar a própria vida…
capaz de GRANDES feitos –daqueles que enchem o coração, enchem TUDO e, nos fazem sentir gente de verdade-.
Incompreensivelmente, as lágrimas começaram a correr neste meu desvario ao contrário…
entre a utopia e a certeza…
E fiquei a imaginar o passo seguinte…
naquele que faria a diferença na minha vida…naquele preciso passo que lhe daria SENTIDO!
Como virar a vida ao contrário?
Olhei o mundo do meu quarto ao contrário…
olhei para além da luz do candeeiro da mesinha-de-cabeceira…
olhei para além dos livros que lentamente leio ao sabor do meu cansaço quotidiano…
olhei para além da cabeceira singela e recta de madeira cor-de-mel-ou-de-cerejeira (as cerejas não são vermelhas?)…
olhei para além da parede e alcancei…
a única grande e significativa descoberta da noite…
em todo o seu esplendor, bem no centro do tecto do meu mundo
–o meu quarto de dormir!-
uma fenda na pintura alva em toda a sua largura!
E concluí, antes de adormecer cansada de tanta profunda reflexão, que não compensa às vezes mudar o sentido natural das coisas.
Olhei o tecto ao contrário do habitual…
As cortinas ao contrário, também…
A janela numa outra posição…
As almofadas lá em baixo, com os pés em cima!
e…
foi como se num ápice neste revirar do sentido das coisas
o meu mundo, ele próprio no seu todo,
se virasse do avesso!
De repente, rodando o ângulo do meu olhar…
todos os sentidos sobre as coisas rodaram também…
enfim, como se nesse gesto simples eu fosse capaz de rodar a própria vida…
capaz de GRANDES feitos –daqueles que enchem o coração, enchem TUDO e, nos fazem sentir gente de verdade-.
Incompreensivelmente, as lágrimas começaram a correr neste meu desvario ao contrário…
entre a utopia e a certeza…
E fiquei a imaginar o passo seguinte…
naquele que faria a diferença na minha vida…naquele preciso passo que lhe daria SENTIDO!
Como virar a vida ao contrário?
Olhei o mundo do meu quarto ao contrário…
olhei para além da luz do candeeiro da mesinha-de-cabeceira…
olhei para além dos livros que lentamente leio ao sabor do meu cansaço quotidiano…
olhei para além da cabeceira singela e recta de madeira cor-de-mel-ou-de-cerejeira (as cerejas não são vermelhas?)…
olhei para além da parede e alcancei…
a única grande e significativa descoberta da noite…
em todo o seu esplendor, bem no centro do tecto do meu mundo
–o meu quarto de dormir!-
uma fenda na pintura alva em toda a sua largura!
E concluí, antes de adormecer cansada de tanta profunda reflexão, que não compensa às vezes mudar o sentido natural das coisas.
Quão relutantes as pessoas são em mudar seja o que for? Este pode não ser o trilho diário que pretendemos mas retardamos com todas as forças a variação. É aquele receio presente de tornarmos a vida em inumação ou por simples indolência de altear, omitindo a possibilidade do outro lado poder estar algo intimamente precioso.
ResponderEliminarAi amiga quantas vezes eu me deito ao contrário na cama....beijinho grande
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