quinta-feira, 30 de dezembro de 2010

domingo, 19 de dezembro de 2010

...

Respiro, apenas!

há momentos que olhamos para dentro de nós e não vemos nada.
não vemos passado(s), nem presente(s) ou futuro(s)

não vemos claridade, mas também não vemos escuridão
não vemos cores, nem branco, nem preto, nem qualquer tom entre ambas

não vemos princípio... nem fim
ou será o contrário? não vemos fim... nem princípio
não vemos nem alfas, nem omegas, nem qualquer letra do alfabeto


há momentos que não há nada.
apenas as lufadas de inspiração e expiração que cumprem a função mínima de vida.

há momentos que olhamos para dentro de nós e não há nada

não há nada.
nem pensamentos, nem ideias, nem sonhos,
e... já nem sequer palavras.

Linhas de Vida... (25)

quarta-feira, 1 de dezembro de 2010

a tempestade perfeita...

A vida é, na verdade, esmagadora na sua beleza e crueldade.
Contudo, não consigo deixar de a contemplar com admiração.
A tempestade perfeita…
em si própria uma grandiosidade... a conjugação de todos os elementos da natureza numa obra de arte... única! o significado em si e por si e, na qual, apenas somos idealizados como peças da composição.

Perante tal, qual a importância dos seus efeitos e danos colaterais?



E é tudo um movimento dissonante, anacrónico, duro, muitas vezes de mágoa.
E nada é certo, mesmo aquilo que desde o início se sabia errado, desde logo e por si.
Puro surrealismo da vida que compõe telas de permanente desencontro.
Dramazinhos, nestes nossos quotidianos insípidos.

A Tempestade (I)
uma tela deMatos

Autoria e Agradecimento

Todos os textos e imagens são de autoria de Ana Souto de Matos.

Todos os direitos estão reservados.

São excepção as fotografias do Feto Real e do Cardo que foram cedidas pelo João Viola e 2 imagens captadas na Net sem identificação de autor.