Será a vida tão efémera como o suave toque da borboleta na flor?
Será que vale a pena a vida breve da borboleta perante uma natureza que cumpre rigorosamente os seus próprios ciclos de vida?
Como aceitar, como compreender que esta termina -assim!- antes do tempo certo?
Sem mais um sopro de ar…
sem mais um segundo sequer…
quando não estamos ainda preparados…
…e não demos o último beijo,
…ou o abraço mais apertado,
…nem dissemos as palavras mais bonitas
…ou partilhámos o olhar mais intenso…
-e quando é o tempo certo?-
…e não demos o último beijo,
…ou o abraço mais apertado,
…nem dissemos as palavras mais bonitas
…ou partilhámos o olhar mais intenso…
-e quando é o tempo certo?-
A vida esvaí-se e ficam –sempre!- por ver e sentir e partilhar tantas, tantas coisas…
e as saudades do que não vivemos!
Como aceitar?
Como compreender o toque breve da vida dos outros na nossa vida?
…quando o amor permanece e
a saudade enche tudo?
Será a vida tão efémera como o suave toque de uma borboleta na flor?
Para ti Sónia, que recordas, um ano depois, a tua mãe...
E para mim própria...
Recordando-nos que as pessoas que amamos permanecem vivas nos nossos corações.