não sou ingénua...
sei que é romântico este meu olhar sobre esta cidade...
mas, a verdade é que, neste momento, os cheiros da cidade me confundem...
sei que é romântico este meu olhar sobre esta cidade...
mas, a verdade é que, neste momento, os cheiros da cidade me confundem...
com variantes desde o fétido até ao adocicado da fruta,
numa intensidade e mescla que me despertam os sentidos....
o próprio calor tem cheiro... um aroma que, de tão quente, me inebria...
Cidade vibrante de gente, de movimentos... em ritmos hábeis, mais sincopados, mais ondulantes, mais sensuais...
Consigo olhar esta cidade com olhos de sentir e de gostar...
Vejo gente igual a mim... que me olha com curiosidade.
olho em redor... e capto as diferenças.
O Brasil é paixão...
sinto que seria capaz de viver por aqui, de me assumir parte desta gente, deste povo que vive com dificuldade o dia-a-dia e apesar disso tem sorriso no olhar e bamboleia a anca ao som de qualquer ritmo.
Não sinto medo... será que pressentem isso?
A verdade é que me passeio pelas ruas, achando piada a banalidades, ao amálgama de cabos eléctricos, aos jovens que namoram nas praças, aos cartazes e placas de ruas, às vestimentas coloridas e curtas que deixam à mostra imensidades de corpos suados, às fachadas descascadas, ao trânsito que se move pulsante entre o equilíbrio e o caos, ao engenho de quem vive em permanente carência. Deambulo por aqui e por ali ao acaso da minha curiosidade...
sinto que seria capaz de viver por aqui, de me assumir parte desta gente, deste povo que vive com dificuldade o dia-a-dia e apesar disso tem sorriso no olhar e bamboleia a anca ao som de qualquer ritmo.
Não sinto medo... será que pressentem isso?
A verdade é que me passeio pelas ruas, achando piada a banalidades, ao amálgama de cabos eléctricos, aos jovens que namoram nas praças, aos cartazes e placas de ruas, às vestimentas coloridas e curtas que deixam à mostra imensidades de corpos suados, às fachadas descascadas, ao trânsito que se move pulsante entre o equilíbrio e o caos, ao engenho de quem vive em permanente carência. Deambulo por aqui e por ali ao acaso da minha curiosidade...
bebo água num boteco de esquina...
correspondo às estudantes que me lançam o seu pesar "é duro trabalhar com esse calor, não é moça?"...
compro em lojas daquelas que vendem de tudo um pouco, numa parafernália que dificulta o olhar e a escolha.
assumo o gerúndio e inspiro o cheiro como parte da integração...
E, pela primeira vez em muitos meses -mais de um ano?-
consigo afirmar -sentir!-
que estou -sou!- feliz....
Lindo!!!
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