Entrava por ti através do nariz e do nariz chegava num ápice ao cérebro, rodopiando e estreitando com o meu odor os teus neurónios como se as minhas pernas te
apertassem o ventre…
Entrava em ti através do cheiro que mantinhas resguardado em frasquinho próprio dentro do teu pensamento e cujas gotas vertias com parcimónia nos momentos a sós em que te deixavas inebriar por mim.
O meu aroma desaguava então dentro de ti e percorria-te o corpo, acelerando o sangue nas veias, retorcendo-te as ideias, fazendo-as desejar até ao limite a minha essência, produzindo-te imagens, criando-te necessidades inadiáveis,
construindo-te vontade de mim.
O meu odor que entrava em ti e, qual semente entranhada em terra fértil se enraizava na tua mente extasiando-te e fazendo-te imaginar-me em ti, dentro de ti, ainda mais do que apenas e só o cheiro…
eu por completo, pensamento, coração e corpo, inteira, tua.
Muito sensual, muito primordial.
ResponderEliminarGostei!