(A queda da Cidadela ...ou... como nasceu a Lenda do Nevoeiro que -todas as manhãs- envolve e encerra o vale verde…)
Naquele dia cinzento -de chuva miúda e frio agreste- a
fortaleza deixou de ser inexpugnável, contrariando a sua própria História de séculos,
de embates atrozes e dignidades mantidas na altivez das suas ameias.
Conta e reconta a tradição das palavras do povo que o assalto foi avassalador! Preciso! Atingindo certeiro os pontos nevrálgicos do baluarte.
Conta e reconta a tradição das palavras do povo que o assalto foi avassalador! Preciso! Atingindo certeiro os pontos nevrálgicos do baluarte.
O invasor, disfarçado de amistosa afeição, desfechou –por dentro, no cerne- o golpe fatal.
(e nem o dragão tremebundo e assustador que, nos dizeres
simples das gentes, vivia nas catacumbas da fortificação lançou baforadas de
fogo e de medo!! dócil em face àquele que não reconheceu como inimigo)
Perante o embate, despojado de qualquer defesa, o castelo
sucumbiu.
Nesse preciso instante -qual desígnio eterno e taciturno- a tristeza opaca e densa do olhar
de névoa da Princesa abateu-se sobre as falésias escarpadas da montanha, cobriu
as ruínas despojadas, desceu as encostas e povoou -para sempre- o vale, como memória da sua História triste.
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