terça-feira, 15 de março de 2016

A queda da Cidadela...ou...

(A queda da Cidadela ...ou... como nasceu a Lenda do Nevoeiro que  -todas as manhãs- envolve e encerra o vale verde…)








Naquele dia cinzento -de chuva miúda e frio agreste- a fortaleza deixou de ser inexpugnável, contrariando a sua própria História de séculos, de embates atrozes e dignidades mantidas na altivez das suas ameias.

Conta e reconta a tradição das palavras do povo que o assalto foi avassalador! Preciso! Atingindo certeiro os pontos nevrálgicos do baluarte.

O invasor, disfarçado de amistosa afeição, desfechou –por dentro, no cerne- o golpe fatal.


(e nem o dragão tremebundo e assustador que, nos dizeres simples das gentes, vivia nas catacumbas da fortificação lançou baforadas de fogo e de medo!! dócil em face àquele que não reconheceu como inimigo)

Perante o embate, despojado de qualquer defesa, o castelo sucumbiu.

Nesse preciso instante -qual desígnio eterno e taciturno- a tristeza opaca e densa do olhar de névoa da Princesa abateu-se sobre as falésias escarpadas da montanha, cobriu as ruínas despojadas, desceu as encostas e povoou -para sempre- o vale, como memória da sua História triste.



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Autoria e Agradecimento

Todos os textos e imagens são de autoria de Ana Souto de Matos.

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São excepção as fotografias do Feto Real e do Cardo que foram cedidas pelo João Viola e 2 imagens captadas na Net sem identificação de autor.