Às vezes passa-me pela ideia Apagar-me!
Ou melhor, apagar os múltiplos sinais que deixo -de
forma sistemática- por aqui e por ali….
Começar pelos pontos mais distantes… as palavras e
imagens que semeio em sítios menos óbvios em que não sou História feliz ou
infeliz, nem sequer Farol…depois, a página que me faz existir neste mundo de
virtualidades, finalmente a própria Maria da Serra Verde…
apagar as palavras, apagar as fotografias, apagar a
ideia, apagar os sentires…
apagar o que sempre fui… ou que penso que fui, ou o
que sou, essa expressão de coisa nenhuma e que não serve para grandes causas.
Sobretudo, que já não me serve devotamente. Uma espiral dentro da espiral de
dias, um após o outro, sem sentidos sublimes, intensamente cheios de tantos
vazios.
Depois em silêncio transversal reaprender a vida,
reaprender-me e
talvez,
talvez e só então voltar a nascer
.
.
.
(em novo desenho.
a tinta)
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