quinta-feira, 31 de março de 2016

...devaneios de uma borracha na ponta dos dedos...


Às vezes passa-me pela ideia Apagar-me!
Ou melhor, apagar os múltiplos sinais que deixo -de forma sistemática- por aqui e por ali….

Começar pelos pontos mais distantes… as palavras e imagens que semeio em sítios menos óbvios em que não sou História feliz ou infeliz, nem sequer Farol…depois, a página que me faz existir neste mundo de virtualidades, finalmente a própria Maria da Serra Verde…

apagar as palavras, apagar as fotografias, apagar a ideia, apagar os sentires…
apagar o que sempre fui… ou que penso que fui, ou o que sou, essa expressão de coisa nenhuma e que não serve para grandes causas. Sobretudo, que já não me serve devotamente. Uma espiral dentro da espiral de dias, um após o outro, sem sentidos sublimes, intensamente cheios de tantos vazios.

Depois em silêncio transversal reaprender a vida, reaprender-me e
talvez,
talvez e só então voltar a nascer
.
.
.
(em novo desenho.
a tinta)

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Autoria e Agradecimento

Todos os textos e imagens são de autoria de Ana Souto de Matos.

Todos os direitos estão reservados.

São excepção as fotografias do Feto Real e do Cardo que foram cedidas pelo João Viola e 2 imagens captadas na Net sem identificação de autor.