Às vezes, questiono-me se as pessoas existem…
Parecem que estão e não estão…
ou que não estão e estão… afinal!
Parecem que são e não são…
ou então parecem que não são e afinal!
são…
Parecem que querem e não querem…
ou fazem ares de não quererem e querem…
Estão longe e regressam ou
estão ao lado e distantes…
Nada é claro…
Nada é certo…
É um teatro elaborado -o da vida ou das vidas!
e dos personagens que por ela vagam
e que se entrelaçam
e se atam
e se desatam,
e se volteiam
e rodopiam em torno de significados que não compreendo a maior parte das vezes…
O que nos faz sentir, ou não? O que nos faz ir ou vir por ali ou por aqui?
O que nos aproxima?
E o que nos afasta?
Que peso têm as nossas decisões? Para nós e para os outros?
Que valem?
Que caminhos seguimos ou de quais nos desviamos?
Como os escolhemos? Porque os escolhemos?
Porque nos sentimos impelidos a agir desta ou daquela forma?
O que faz as pessoas estarem tão ocupadas consigo próprias
que se esqueçam de olhar o mundo em volta? E de olhar os outros?O que faz com as pessoas sejam importantes?
Ou insignificantes?
Ou indiferentes?
O que me faz caminhar em direcção às pessoas?
Porque as elevo?
O que faz acontecer? Como ser diferente do que é?
Às vezes, questiono-me se as pessoas existem…
Existem?
Ou serão meras figuras para compor o espaço entre o ser e o deixar de ser?
A vida é mesmo um lugar estranho que não me canso de questionar.
E que nunca consigo compreender.
Sem comentários:
Enviar um comentário