quarta-feira, 11 de março de 2009

a vida é um lugar estranho...

Às vezes, questiono-me se as pessoas existem…
Parecem que estão e não estão…
ou que não estão e estão… afinal!

Parecem que são e não são…
ou então parecem que não são e afinal!
são…

Parecem que querem e não querem…
ou fazem ares de não quererem e querem…

Estão longe e regressam ou
estão ao lado e distantes…

Nada é claro…
Nada é certo…

É um teatro elaborado -o da vida ou das vidas!
e dos personagens que por ela vagam
e que se entrelaçam
e se atam
e se desatam,
e se volteiam
e rodopiam em torno de significados que não compreendo a maior parte das vezes…

O que nos faz sentir, ou não? O que nos faz ir ou vir por ali ou por aqui?
O que nos aproxima?
E o que nos afasta?
Que peso têm as nossas decisões? Para nós e para os outros?
Que valem?

Que caminhos seguimos ou de quais nos desviamos?
Como os escolhemos? Porque os escolhemos?
Porque nos sentimos impelidos a agir desta ou daquela forma?

O que faz as pessoas estarem tão ocupadas consigo próprias
que se esqueçam de olhar o mundo em volta? E de olhar os outros?
O que faz com as pessoas sejam importantes?
Ou insignificantes?
Ou indiferentes?
O que me faz caminhar em direcção às pessoas?
Porque as elevo?

O que faz acontecer? Como ser diferente do que é?

Às vezes, questiono-me se as pessoas existem…
Existem?
Ou serão meras figuras para compor o espaço entre o ser e o deixar de ser?

A vida é mesmo um lugar estranho que não me canso de questionar.
E que nunca consigo compreender.

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Autoria e Agradecimento

Todos os textos e imagens são de autoria de Ana Souto de Matos.

Todos os direitos estão reservados.

São excepção as fotografias do Feto Real e do Cardo que foram cedidas pelo João Viola e 2 imagens captadas na Net sem identificação de autor.