quarta-feira, 3 de fevereiro de 2016

Um assalto emocional...

 Li por aí esta frase banal…
SOFRI UM ASSALTO EMOCIONAL

Sinto-a, como certa e adequada. 
Toca-me o ter ocorrido por acaso. Tanto a sua leitura quanto a dimensão do seu significado, neste frémito constante que me altera os compassos arteriais.

Sofri um assalto emocional…
Não atinjo, contudo, a sua compreensão.
Não percebo a sua definição ou o seu porquê.

-Sentes tudo -assim e tanto- porque és uma mulher extremamente sensível, afirmam-me e, essa sensibilidade, atinge-me com toda a carga e impacto de estigma que comporta.

Penso -ainda mais um pouco- sobre este assalto.
Será que é do nosso inconsciente deixarmos as portas abertas ou as janelas ou seja lá o que for …qualquer metáfora serve, poros, por exemplo, na mente e na pele? 
Será que quando mais nos sentimos desprotegidos de ideias, de sonhos e de afectos, mais vulneráveis ficamos a inesperados?

Nesses momentos, tão despojados estremecemos então, perante o súbito daquilo que nos faz sentir Gente. E, num rompante, pressentimos qualquer coisa cá-dentro, inquietação que nasce ou tão somente mexe.


De novo vivos ou, talvez e apenas, vislumbrando assomos de vida, porventura certos de que a Natureza se vai cumprindo.

1 comentário:

Autoria e Agradecimento

Todos os textos e imagens são de autoria de Ana Souto de Matos.

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São excepção as fotografias do Feto Real e do Cardo que foram cedidas pelo João Viola e 2 imagens captadas na Net sem identificação de autor.