domingo, 23 de outubro de 2011

O GRITO

O GRITO
revolve-se transtorna-se ensandece
O GRITO
que cerrado no silêncio negro de uma solitária interior rasteja num vai-e-vem de
esgar contido e ensurdecedor para-cá-e-para-lá desorientado exaltado
O GRITO
- um só -
que potenciado e elevado aos decibéis mais incomportáveis do silêncio
desvairado enlouquecido trepa ao  avesso da boca procurando
- em vão -
a chave que  lhe poderia abrir os lábios à liberdade  


Tela: O GRITO
deMatos



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Autoria e Agradecimento

Todos os textos e imagens são de autoria de Ana Souto de Matos.

Todos os direitos estão reservados.

São excepção as fotografias do Feto Real e do Cardo que foram cedidas pelo João Viola e 2 imagens captadas na Net sem identificação de autor.